O superintendente municipal da Pesca, Adriano Weickert deu mais um prazo de 15 dias para os responsáveis das embarcações instaladas na Praia do Meio apresentarem documentação que comprove a titularidade das mesmas. Depois de analisadas pelo órgão, será feito o ordenamento em local adequado para não impedir o livre acesso de pessoas no espaço público, conforme determina a lei ordinária do município.
“Não estou aqui para tirar ninguém da praia, ao contrário, estou aqui para dialogar e saber a opinião da comunidade”, afirmou o superintendente em reunião realizada nesta quarta-feira, dia 16, na Praia do Meio, a pedido de pescadores e usuários de caiaques que utilizam a beira da praia para guardar as suas embarcações.
Segundo Adriano, o cadastramento vai ajudar a ordenar o espaço, já que muitas canoas estão velhas e não têm donos, alguns até falecidos.
AMIGOS DO CAIAQUE
Presente ao encontro, o Grupo de Amigos do Caiaque defendeu o uso da orla para a prática de exercício físico.
“As canoas já estão inseridas na paisagem bucólica da praia. Basta ver as fotos em qualquer plataforma como o Google. Nós, aqui da Praia do Meio, encontramos neste esporte aquático uma maneira de nos exercitar durante a pandemia e viramos uma família. Temos mais de 60 anos e não temos condições de carregar o caiaque para a casa”, apontou Olga Maria Panhoca.
PESCADORES
A exemplo de Olga, os pescadores também se manifestaram a favor de permanecerem na orla, já que muitos, como o Antônio Francisco, pescam e moram no bairro há muitos anos. “Jamais vou tirar um pescador da praia. Meu dever é proteger esses profissionais”, destaca Adriano Weickert.
Quanto ao caso dos caiaqueiros, o superintendente se sensibilizou com a causa justificando que o exercício, com certeza, está afastando os praticantes dos postos de saúde. Garantiu estudar uma forma jurídica para amparar a continuidade dos equipamentos na praia. “São pessoas de idade e estão buscando qualidade de vida na preservação da saúde”, acrescentou.
CANOAS HAVAIANAS
Em se tratando das canoas havaianas, que foram o estopim da polêmica, ele afirmou que também serão notificadas e o proprietário do Clube Kanaloa VA’A terá que apresentar a documentação adequada para uso do espaço público.
“Como trata-se de uma atividade comercial que cobra pelas aulas de canoagem, a empresa tem que apresentar alvará e ter participado de uma licitação a exemplo de qualquer empresa privada”, diz o morador Ari Estevão Cattani que mobilizou a comunidade através de um abaixo-assinado e de uma petição enviada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano denunciando a ocupação irregular de uso comum.
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