Vizinhos lutam há quatro anos para urbanizar o local. Vários pedidos já foram encaminhados à prefeitura de Florianópolis, desde que a casa que ocupava o local foi demolida.
Abandonado desde abril de 2020 por conta da demolição de uma casa no local, o terreno nos altos da Rua Doutor Abel Capela continua sem destino. E se antes a residência estava destruída – sem portas, sem janelas, sem fiação elétrica, e tomada de mato e sujeira – por conta da invasão de usuários de droga e moradores em situação de rua, o terreno, agora, segue a mesma sina.
Por falta de urbanização, a área frequentemente é usada para abrigar moradores em situação de rua, além de estar sempre coberta pelo mato. Foi o que aconteceu nesta manhã de sexta-feira, dia 9, quando vizinhos se depararam com um cidadão dormindo embaixo de árvore na praça – que fica ao lado do terreno – e com lixo e colchões espalhados no local.
Servidores da Secretaria Municipal do Continente foram acionados e fizeram uma limpeza (fotos abaixo).
REVITALIZAÇÃO
Desde então, os vizinhos da rua lutam para urbanizar o terreno e cercar o final da rua para evitar o acesso de desocupados pela Via Expressa. E ainda servir de rota de fuga para ladrões que, nos últimos meses, têm furtado residências e condomínios da via.
A proposta é instalar um pet place, uma quadra de esporte ou apenas implantar uma praça com bancos, academia de ginástica e iluminação. “Ocupando o local, vamos impedir ocupações indesejadas, a proliferação de lixo e animais peçonhentos, além de criar um novo espaço para convivência dos moradores”, defendem o Grupo da Rede de Vizinhos da Rua Doutor Abel Capela.
O grande entrave, no entanto, é que a propriedade, de acordo com o Cartório de Registro de Imóveis, ainda está no nome do antigo dono – Arno Bollmann. E a Prefeitura de Florianópolis, já questionada por várias vezes, não sabe informar o motivo do impasse, mesmo sendo a promotora da demolição do imóvel há quatro anos.
FOTOS ARQUIVO FOLHA DE COQUEIROS/ABRIL DE 2020.
ANTES: março de 2017/Arquivo Folha de Coqueiros. DEPOIS: agosto de 2024/Foto Divulgação