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Ruas do Meu Bairro: Avenida Engenheiro Max de Souza

A Avenida Engenheiro Max de Souza, principal via pública do bairro de Coqueiros, foi implantada pela Lei Nº 470-A, datada de 29 de novembro de 1960. É por ela que diariamente se concentra o maior fluxo de trânsito de nosso bairro. Também se destaca pela grande concentração comercial da região, além de hospedar uma das principais áreas verdes de Florianópolis, o Parque de Coqueiros.

Max Freyesleben de Souza, que empresta seu nome à avenida, nasceu em Florianópolis em 22 de julho de 1930 e foi batizado na Catedral de Florianópolis pelo Padre Clemente Brüning no dia 14 de novembro do mesmo ano, tendo como padrinhos João Paulo de Souza e Alice da Silva Souza.

Filho de Acelon Dário de Souza e Carmen da Costa Freyesleben, era sobrinho de outro cidadão florianopolitano que dá seu nome a outra rua de Coqueiros: o odontólogo Luiz da Costa Freyesleben, irmão de sua mãe.

Max casou com Stela Maris Taranto Piazza, nascida em 4 de julho de1932 em Florianópolis, filha de Luiz Boiteux Piazza e Carolina Taranto Piazza, de família de historiadores catarinenses.

Eles casaram na Capela do Colégio Catarinense, atualmente denominada de Igreja de Santa Catarina da Alexandria, no dia 22 de fevereiro de 1958. O padre Alvino Bertoldo Braun, oficiou a cerimônia.

Max formou-se em Engenharia na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faleceu em acidente aéreo no voo 435 em um Convair da Real S.A. Transportes Aéreos, Prefixo PP-YRB, antes de pousar no Rio de Janeiro.

O voo 435 decolou às 17h22 do dia 24 de junho de 1960 do Aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte, com destino ao aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro com cinco tripulantes e 49 passageiros, sendo que dezessete desses passageiros embarcaram em  Belo Horizonte, em conexão, vindos de Brasília.

Por volta das 18h43, o piloto Belloc comunicou problemas de transmissão e recepção de mensagens. Chovia forte no Rio de Janeiro. Esse seria o último contato com a torre de controle do Aeroporto Santos Dumont.

Parte dos destroços do Convair foi encontrada na madrugada do dia 25 e por altas horas dessa mesma madrugada foram encontrados vários corpos pelo serviço de busca e salvamento.

Apesar dos esforços dos investigadores, a causa do desastre nunca foi apurada. Apenas uma parte dos destroços do avião foi recuperada, pois os aviões a jato daquela época não tinham gravadores de voo nem caixas pretas para ajudarem nesse trabalho de investigação. Foi dado como laudo apenas a hora da tragédia, como sendo 19h15 horas do dia 24 de junho de 1960.  

Assim perderia a vida aos 30 anos de idade, esse jovem engenheiro que emprestou seu nome à principal avenida de nosso bairro de Coqueiros.

De família ilustre, casado apenas dois anos com Stella Maris, deixou uma filhinha nascida no ano anterior a sua morte na cidade de Porto of Spain, em Trinidad, de nome Raquel Carolina.

Presidia o Brasil, no ano de sua morte , o presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. 

Max foi homenageado no dia 1º de julho de 1960, numa missa de sétimo dia, rezada no Rio de Janeiro por colegas e amigos da empresa “Shell Brazil Limited”, segundo o jornal Correio do Povo.

Perderia também a nossa cidade, mais um cidadão ilustre, como tantos outros, em acidente aéreo, que ceifou a vida desse jovem engenheiro florianopolitano.

Maria Helena Meira Luz

Pedagoga e especialista em genealogia

Fonte de pesquisa:www.desastresaereos.net

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