Espaços ficam no final das vias e hospedam ainda uma antiga praça que acaba de ser revitalizada por um grupo de moradores.
Quem mora em Coqueiros sabe que algumas ruas do bairro foram literalmente cortadas pela BR 282, a popular Via Expressa, quando a rodovia foi construída. O que muitos não sabem, no entanto, é que os pequenos trechos das ruas Abel Capela, Bayer Filho e Servidão Papa João Paulo I, que ficaram separados de Coqueiros, abrigam terrenos baldios e prédio abandonado há mais de 20 anos.
“Assim como o prédio da Avenida Almirante Tamandaré, próximo à Peugeot, temos também um imóvel abandonado no final da Rua Bayer Filho e diversos terrenos – entre as três vias- que não foram cercados pelos proprietários e, portanto, estão tomados pelo mato e usados como depósito de lixo, entulhos e focos de dengue, além de servir de local para queima de fios”, lamenta o advogado Felipe Baldo, que mora no condomínio Itamaracá, na Rua Abel Capela, perto da Avenida Ivo Silveira.
Para tentar amenizar a situação, depois de já denunciar o problema em diversos órgãos públicos, inclusive comunicar o descaso dos donos dos terrenos ao prefeito Topázio Neto, um grupo de 25 moradores se uniu para promover a limpeza do local e reativar a antiga Praça Papa João Paulo I, localizada no final da Travessa do mesmo nome.
“Temos várias crianças aqui no entorno que poderiam estar usufruindo do espaço. Por isso, resolvemos nos organizar e fazer um mutirão no final de semana”, diz Felipe. E foi exatamente o que fizeram os moradores: pediram a ajuda da Comcap para roçar o mato em volta da praça, pintaram os meios-fios, cultivaram os canteiros de plantas, entre outras ações como a reativação dos postes de luz (veja na Galeria de Fotos).
PRÉDIO ABANDONADO
O grande problema, agora, fora o terreno da Rua Doutor Abel Capela que serve de descarte de lixo e de entulho como sofás, pneus, desde a calçada, é o prédio abandonado faz mais de 20 anos. “É preciso dar uma destinação ao imóvel, que, pela sua estrutura, deve estar condenado. Acumula água nas aberturas, na parte de baixo, um verdadeiro criadouro para o mosquito da dengue”, aponta Felipe, destacando ainda que o local serve de abrigo para moradores em situação de rua.