Jeferson, da Vila Aparecida, fala dos problemas causados pela falta de habitação na comunidade.
Representantes de entidades comunitárias, do legislativo estadual, de universidades e moradores receberam com entusiasmo o Projeto Coqueiros-Luz, apresentado na noite de quinta-feira, dia 20, no IFSC Continente. Desenvolvido pelo Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Ecologia e Desenho Urbano – Gipedu da UFSC (https://gipedu.ufsc.br) -, o objetivo do Projeto é restaurar a natureza e conectar as áreas verdes da cidade.
Na primeira e segunda etapas, o projeto pretende implantar um passeio pela orla continental e insular integrando o Parque de Coqueiros ao Parque da Luz.
“A participação das várias associações foi o ponto alto do evento, inclusive da comunidade da Vila Aparecida”, aponta o professor Francisco Ferreira, coordenador do projeto, ao agradecer o apoio recebido pelas instituições.
Presidente da Pró-Coqueiros, Sibyla Loureiro, vice-presidente da AAPLuz, Carlos Stadler, presidentes da Associação do Abraão, Delmar Corrêa e da Associação de Capoeiras, Kauan, além das moradoras Maristela da Costa, Vera Brigel e Margarete Leitis (foto) prestigiaram o encontro.
Entre eles, a de promover uma reunião com o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, com a Secretaria do Patrimônio da União e com o Governo do Estado, para tentar implantar soluções de baixo custo e de grande benefício socioambiental para a cidade e região.
Uma das propostas apresentadas pelo Projeto Coqueiros-Luz foi a criação de um parque, com muito verde, nos vazios da cabeceira continental das pontes Colombo Sales e Pedro Ivo, há décadas abandonadas (veja abaixo).
Desenho do acadêmico Igor Medeiros sob a orientação do professor Francisco Ferreira, na monitoria do curso de Urbanismo e Paisagismo II do ARQ-UFSC.
Presente ao encontro, o deputado Marquito, que é presidente da Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), sugeriu realizar uma audiência pública para debater e ampliar o apoio ao Projeto Coqueiros-Luz, tendo em vista “a importância das preocupações sociais e ambientais do Projeto”.
CONHEÇA O PROJETO
O projeto, que envolve alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo, Psicologia, Botânica e Engenharia Sanitária e Ambiental, objetiva requalificar os espaços públicos que apresentam grande valor histórico e paisagístico. “A proposta é criar ambientes para o uso de pedestres e ciclistas aproveitando o potencial cênico de frente para o mar”, diz o professor.
Além disso, pretende ampliar a porosidade social à orla, promovendo a integração das comunidades ao espaço público articulado aos equipamentos à beira-mar.
Para tanto, foram definidos 12 pontos de ancoragem ao longo do trajeto – da Ponta da Ilhota, em Coqueiros, até o Parque da Luz, no centro de Florianópolis, já visitados. “Posteriormente, promoveu-se um diagnóstico e elaborou-se soluções preliminares para o uso público da população”, acrescenta o professor (veja a arte abaixo).
“Dialogar com os ocupantes com o objetivo de estabelecer uma parceria e um intercâmbio de informação, avaliando os limites e as potencialidades à implantação do passeio marítimo também faz parte do trabalho”, explica o professor Francisco ao ilustrar as visitas que foram feitas como à empresa Schaefer, à Capitania dos Portos, ao Núcleo Especial de Polícia Marítima da Polícia Federal (NEPON/SC) e ao Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
Participaram da reunião: Associações dos bairros de Coqueiros; do Abraão; do Bom Abrigo; de Capoeiras; do Estreito; da Vila Aparecida, além do Conselho de Segurança de Coqueiros; Conselho Local de Saúde de Coqueiros e Associação do Parque da Luz.