Prefeito Topázio Neto decretou situação de emergência por conta da epidemia da doença na cidade e determinou força-tarefa nos bairros mais afetados. Denúncias podem ser feitas através do telefone 3212-3902 ou pelo site https://vigilanciasanitaria.pmf.sc.gov.br/vigilancia
Saúde, Segurança, Educação, Meio Ambiente, Infraestrutura, Defesa Civil e Desenvolvimento Urbano integram a força-tarefa que a Prefeitura de Florianópolis inicia nesta quarta-feira (13) nos bairros Itacorubi, Córrego Grande e Agronômica, principais focos do mosquito da dengue.
Batizada de Operação Fim da Picada, a ação tem por objetivo mobilizar os cidadãos para que sejam também agentes de combate à doença. Atualmente, Florianópolis registra cerca de 3.500 focos e já são mais de 300 casos da doença desde o início do ano.
“Por mais que o poder público oriente, cabe a cada cidadão fazer a sua parte para frear essa epidemia. A partir de um decreto emergencial, além das ações educativas, poderemos ingressar em locais que mantém condições favoráveis à proliferação do mosquito, mesmo que não haja colaboração do proprietário”, disse o prefeito Topázio Neto.
Além disso, de acordo com o prefeito, a Operação vai envolver atividades nas escolas, creches, Centros de Saúde e Conselhos Comunitários dos bairros em que a situação é mais crítica. “Precisamos ser severos nas ações, inclusive com multas, para que não tenhamos que enfrentar uma nova crise sanitária com impactos em todos os segmentos”, continua o prefeito.
A primeira ação se deu em uma residência abandonada no Itacorubi, alvo de diversas denúncias de vizinhos, mas onde, até então, a fiscalização não podia entrar. “Estaremos presentes com ações incisivas, não somente nas propriedades particulares, mas como já acontece, em locais públicos como praças e cemitérios”, completa o prefeito.
Priscila Valler, diretora de Vigilância em Saúde do Município, explica que além da resistência de muitos moradores em receber a visita dos agentes de endemias e seguir as orientações para controle do mosquito, fatores como a questão climática (chuvas), terrenos e imóveis abandonados e o cultivo de bromélias estão entre os que elevaram a incidência da doença.
“Cerca de 60% dos focos de Aedes aegypti estão nas residências. Por isso é tão importante essa mobilização massiva para sensibilizar os moradores que hoje resistem em receber a visita dos agentes de endemias e de seguir as orientações para controlarmos a proliferação do mosquito”, diz.
Residência abandonada, no Parque São Jorge, no Itacorubi
A força tarefa começou os trabalhos por volta das 7 horas da manhã desta quarta-feira, dia 13 de abril, em uma residência da Avenida Itamaraty, no Parque São Jorge. A equipe, coordenada pelo Prefeito Topázio Neto, contou com profissionais da Vigilância em Saúde, Vigilância Epidemiológica, Guarda Municipal Defesa Civil, Centro de Controle de Zoonoses, Comcap, Secretaria de Municipal de Infraestrutura, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano.
A primeira providência foi o esvaziamento da piscina que estava com água parada. Para evitar o acúmulo de água, será colocada areia dentro dela. Os agentes do Centro de Zoonoses fizeram a coleta de larvas do mosquito em vários pontos do terreno, para posterior análise. A Comcap realizou a capina e a limpeza de todo o entorno da residência. Foi feito também o recolhimento de lixo e esvaziamento e aterramento de uma cisterna sem tampa, que estava com focos.
Foram feitas ainda, fiscalizações em imóveis onde os donos se recusaram a receber os agentes de endemias. Esses proprietários serão notificados e devem fazer as adequações necessárias. A operação também realizou fiscalização em terrenos baldios e limpeza de obras abandonadas. Os donos de todos os imóveis que passaram por intervenções, responderão processo administrativo e receberão multas, por oferecerem risco de proliferação do Aedes aegypti.
Próximas ações
As ações devem seguir no Bairro Itacorubi e também no Córrego Grande e se estender para outros locais da cidade. Residências serão visitadas pelos agentes e os moradores, orientados a manter os locais limpos e sem água parada.
Além disso, a Prefeitura vai intensificar a fiscalização nas praças da cidade, com a ajuda dos agentes da Guarda Municipal, que vão fazer a verificação de água parada nos locais e se necessário, acionar o Centro de Zoonoses.
A Prefeitura pretende ainda fazer um trabalho em parceria com as imobiliárias da capital, para que mantenham a vigilância nos imóveis sob sua responsabilidade, principalmente os que estão desocupados.
A ideia é intensificar o combate ao mosquito Aedes aegypti, sempre contando com a colaboração e mobilização da população, para que faça sua parte, mantendo terrenos limpos e sem água parada e ainda denunciando locais que possam ter focos de dengue, através do telefone 3212-3902 ou pelo site
https://vigilanciasanitaria.pmf.sc.gov.br/vigilancia
“Não tem como vencer essa guerra se não houver a participação efetiva da população, aquele “vasinho” com água acumulada pode ser um grande vilão! Faça sua parte, tome todos os cuidados e nos ajude nessa guerra contra o mosquito”, diz o secretário adjunto de Saúde, Luciano Formighieri.