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Impasse nas mudanças do trânsito na Rua Bento Goiá, em Coqueiros.

Reunião nesta terça-feira, dia 5, entre os envolvidos não chegou a um consenso.

Depois de duas horas de reunião, prefeitura, moradores, pais e professores não chegaram a um consenso sobre as mudanças no trânsito da Rua Bento Goiá, em Coqueiros. O Impasse se deu com a retirada do estacionamento de veículos ao longo da via.

Uns defendem a extinção de vagas na rua, outros querem manter o antigo desenho que permitia o estacionamento do lado direito da via. A reunião aconteceu nesta terça-feira, dia 5, na dependência do Colégio Almirante Carvalhal.

 “Hoje perdi o almoço por conta da procura de uma vaga para estacionar meu carro. Saio do bairro Potecas, em São José, ao meio dia para chegar a uma hora na escola. Então sou obrigada a vir de carro”, diz a professora Cristiane da Escola Almirante Carvalhal.

Já para a professora Andréia, do Nei Coqueiros, a situação é diferente, pois além de professora, ela também é moradora da rua, o que traz facilidade no deslocamento.

“Agradecemos à prefeitura pelo novo projeto que vem trazer mais segurança às crianças, especialmente aos alunos que têm deficiência. Ao todo são 17 no Nei Coqueiros e 38 no Colégio Carvalhal”, elogia a professora de Educação Especial, referindo-se ao novo traçado que reserva um espaço de embarque e desembarque junto à calçada.

SEGURANÇA AOS ALUNOS

Apesar da polêmica, todos concordam com o objetivo do projeto instituído pela Secretaria Municipal da Mobilidade: trazer mais segurança para o ambiente escolar – já que a Bento Goiá hospeda três escolas – e reduzir a velocidade na via.

“Trata-se de um movimento antigo que pretende melhorar a mobilidade da rua, já que as alterações no trânsito vão contribuir para a redução da velocidade dos carros”, avalia a professora de Educação Física, Ana Destri, ao afirmar que muita gente terá que sair da zona de conforto e procurar um local para deixar os carros.

O projeto, na verdade, se resume à ampliação da calçada em frente às escolas para embarque e desembarque dos alunos, e a proibição do estacionamento do lado direito da via.

FALTOU DIÁLOGO

Para o presidente da Associação de Pais e Professores da Praia do Riso (APPR), Jorge Paulino da Silva Filho, faltou uma reunião de planejamento antes de o projeto ser executado. “Se a Secretaria da Mobilidade tivesse apresentado o projeto antes de contratar uma empresa para vir pintar a rua, a polêmica podia ser evitada”, opina o presidente que costuma dizer que “foi salvo por um golpe de sorte”.

Ou seja, na semana passada quando o caminhão estava chegando em frente à escola da Praia do Riso, Jorge estava saindo de uma reunião online, à noite, e pediu ao responsável para não fazer nenhuma marcação na via antes de ele falar com a Secretaria da Mobilidade. Ele foi atendido, mas, a exemplo das outras escolas públicas, a Praia do Riso também terá que se adequar às alterações.

Para os moradores que participaram da reunião, é necessária a inclusão de todos, não apenas beneficiar pedestres, ciclistas e alunos. “Afinal, a rua não hospeda apenas unidades escolares, mas também residências. E os moradores precisam de um local para estacionar seus carros”, dizem Kátia, Onofre, Rahel, entre outros moradores.

A opinião é compartilhada pelo vice-presidente da Pró Coqueiros, Rodrigo Bungus, que também reside na via. Segundo ele, muitos prédios antigos foram construídos sem garagem e hoje os moradores não têm onde estacionar os veículos.

“Não dá entender essa noção de mobilidade da prefeitura, já que as calçadas desde muito tempo estão em estado precário. Além disso, as crianças que precisam pegar ônibus ou apenas atravessar a Engenheiro Max de Souza para ir pra casa são obrigadas a enfrentar constantes riscos no cruzamento da avenida por conta do semáforo que sempre apresenta problemas”, diz Rodrigo, o Kiko.

AJUSTES

Após ouvir os questionamentos, o secretário adjunto da Mobilidade, Ivan Couto, embora se mostre irredutível quanto à volta das vagas de estacionamento, disse que fará alguns ajustes, são eles:

ampliar a pista de rolamento de 2,80 m para 3,10 m, o que vai reduzir um pouco o avanço do passeio público;

liberar o estacionamento das 18h às 6h (ainda será resolvido o horário);

remover as placas de sinalização que estão impedindo a circulação de cadeirantes e cegos;

estudar uma forma de trazer segurança para os alunos que usam o transporte escolar. Como as Vans têm as portas do lado direito para entrada e saída das crianças, a atividade se torna perigosa já que o acesso dos alunos é feito ao lado do trânsito de veículos (veja as fotos).

Participaram ainda da reunião a presidente do Conselho de Segurança de Coqueiros, Elaine Otto, o vereador Marquinhos, o diretor da Escola Almirante Carvalhal, Vinícius Marques, a presidente da Pró-Coqueiros, jornalista Sibyla Loureiro e a fotógrafa Jana Mafalda, da Agência Mafalda Press.

Confira o projeto com as alterações no trânsito da Rua Bento Goiá abaixo:

TRECHO 1

TRECHO 2

TRECHO 3

TRECHO 4

Texto: Sibyla Loureiro
Fotos: Jana Mafalda

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