Repercutiu nas redes sociais o acidente ocorrido nesta quarta-feira, por volta das 22h, na Avenida Engenheiro Max de Souza, em Coqueiros. Mais uma vez a falta de segurança na via causou a colisão entre um veículo e uma moto, em frente ao conhecido comércio da Vó Marcília, que fica na esquina da Rua João Alcântara da Cunha.
Por conta da gravidade da ocorrência e por envolver duas vítimas, foram necessárias duas ambulâncias do SAMU para o atendimento. Uma das vítimas estava grávida de quatro meses e precisou ser levada à Maternidade Carmela Dutra. O marido, que conduzia a motocicleta, foi levado para outro hospital da cidade.
De acordo com o presidente da Pró-Coqueiros, Leonardo Contin da Costa, um dos agravantes é a falta de iluminação pública na avenida, problema constatado pela própria vítima, o motoboy Gerson. Segundo ele, devido à escuridão no local, não deu para perceber o veículo que transitava atrás do ônibus. Ele e a esposa estavam saindo da Rua João Alcântara da Cunha quando aconteceu a colisão.
“Hoje era o meu dia de folga. Então, deixamos a nossa filha pequena com a minha mãe e saímos para comer um lanche no bairro Abraão. Na volta pra casa, em Biguaçu, resolvemos olhar o mar, mas erramos a rua, pois ela não tinha saída para a praia”, lamentou o motoboy Gerson.
Ele a esposa, Cássia, ficaram estendidos na calçada até chegar as ambulâncias. A primeira levou cerca de 36 minutos e a segunda chegou pouco depois da meia noite. Ou seja, praticamente duas horas de espera.
“Nossa indignação é o tempo de espera, duas horas a pessoa deitada na maca, com dor, aguardando a segunda ambulância, para ambos serem levados. Isso tem que ser avaliado, estamos falando de uma Capital, que deveria ter o serviço de urgência mais agilizado”, aponta a aposentada Lizete Contin, que acompanhou a remoção dos dois acidentados.
Lizete destaca ainda a falta de estrutura na principal avenida do bairro, que abriga vários restaurantes e bares e denominada Via Gastronômica de Coqueiros desde 2006, conforme lei sancionada pelo ex-prefeito Dário Berger.
Leonardo disse que a Pró-Coqueiros seguirá cobrando das autoridades as demandas já conhecidas da comunidade e já informadas ao prefeito Topázio Neto e ao ex-secretário do Continente, Guilherme Pereira. Além da iluminação, também já foram reivindicados a redução da velocidade na via, o conserto dos semáforos e ainda a instalação de lombadas, quando necessárias, para evitar acidentes.
Solidariedade
“De toda esta triste história, precisamos salientar algo que faz parte da comunidade de Coqueiros: a solidariedade. E foi o que aconteceu na noite desta quarta-feira, dia 31 de janeiro. As pessoas que estavam ali não eram simples curiosos, mas pessoas preocupadas e querendo ajudar”, aponta a presidente do Conselho de Segurança de Coqueiros (Conseg 31), Elaine Otto, acrescentando:
“Recolheram a moto e os capacetes em local seguro e ficaram muito atentos com bolsas e documentos. Uma atitude solidária que, entendo, colabora com a Polícia. Leonardo Contin, além de ter ficado até a meia noite, também avisou os familiares do motoboy, na tentativa de acalmar pai e mãe”.
Elaine e Lizete também acompanharam o atendimento às vítimas. Elaine, inclusive, como presidente do Conseg de Coqueiros, ligou para a comandante do 22º BPM, tenente-coronel Clarissa Soares, e pediu apoio para agilizar a remoção do casal acidentado.
Fotos Leonardo Contin
Texto Sibyla Loureiro