Movimento “Gatos do Mirante” adotou o Mirante da Praia das Palmeiras para alojar os animais. Moradores denunciam a proliferação em ambiente inadequado e pedem ajuda aos órgãos responsáveis.
Moradores da Rua Eduardo Nader, no Bom Abrigo, estão preocupados com a agravamento da população de gatos que vêm crescendo nos últimos anos. Além da proliferação dos bichanos na casa do saudoso professor Edmon Duarte Nader (ver matéria abaixo) e ao longo da via, agora eles estão alojados no Mirante da Praia das Palmeiras.
Há um ano, mais ou menos, de acordo com a vizinhança, começou a se formar o ambiente – em meio à vegetação do mirante – voltado para acolher os gatos. Um movimento chamado de “Gatos do Mirante” colocou casinhas, pratinhos de comida e de água. O fato acabou se espalhando para outros municípios – como de São José – e várias pessoas estão levando animais para abrigar no local, apontam alguns vizinhos.
“A situação está insustentável. Em dias de sol, por exemplo, não dá para caminhar no passeio que leva ao deque do Mirante da Praia das Palmeiras de tantos gatos espalhados pelo chão. Temos que desviar no caminho para não pisar neles “, diz uma moradora que não quer se identificar porque já sofreu ameaça de pessoas que largam os bichanos em plena Rua Eduardo Nader.
“Ninguém é contra os animais, só acreditamos que um lugar público e de lazer não é adequado para abrigar os gatos. A Associação deveria ter uma área privada para acomodar os bichanos. E o pior: acaba incentivando outras pessoas a abandonarem seus animais também no lugar”, reclamam os moradores.
PROBLEMA ANTIGO
Em dezembro de 2020, a Folha de Coqueiros divulgou o fato quando o problema ainda estava restrito à casa do professor Nader. Leia abaixo:
População de gatos preocupa moradores do Bom Abrigo
Dibea faz a castração, mas é preciso capturar os felinos ariscos
Quem passa pela Rua Eduardo Nader, no bairro Bom Abrigo, próximo ao Mirante da Praia das Palmeiras, se depara com um cenário um tanto diferente. Vários gatos de diversos tamanhos e tipos de pelagem passeiam e se amontoam na vasta propriedade do saudoso professor Edmon Duarte Nader, e também na calçada em frente à residência.
Vizinhos se mostram preocupados com o aumento da população de gatos e se mobilizam para conseguir uma instituição que possa promover a castração e, assim, evitar a proliferação da espécie e melhorar as condições de vida dos felinos.
Há alguns meses os moradores conseguiram uma ação da Diretoria de Bem-estar Animal (Dibea) que fizeram a castração de cerca de 20 gatos. Na ocasião, não foi possível castrar um número maior de felinos por conta do temperamento deles: são gatos ariscos que vivem soltos pelo terreno.
“Eles entram por todos os lados da nossa propriedade, pulam o muro, entram pelo cercado e por outros cantos. O que eu faço é dar água e comida”, diz a esposa do ex-professor Nader, Melania. Segundo ela, os felinos são arredios e, por isso, existe a dificuldade em prendê-los. “Ainda estou abalada por conta do falecimento do meu marido e não tenho condições de pensar em capturar os gatos, agora, para castrar”, desabafa. Professor Nader morreu dia 25 de novembro, aos 85 anos, devido a complicações cardíacas.
O QUE DIZ O DIBEA
A Folha de Coqueiros procurou o Dibea na tentativa de arrumar uma solução para o caso, mas o desfecho do fato depende da proprietária da residência. “A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Diretoria de Bem-estar Animal informa que os gatos questionados pela reportagem são ariscos. Ficou de responsabilidade da proprietária em comprar as armadilhas para captura e chamar a Dibea para fazer a castração. Nós castramos de maneira totalmente gratuita, e buscamos eles”, se posicionou a Diretoria.
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