Depois de várias denúncias sobre o estado precário da Praça e Marina da Ponta da Ilhota, a conhecida Praça dos Cachorros, finalmente a Secretaria do Continente iniciou esta semana algumas obras de revitalização do local. Entre elas, a pintura dos equipamentos do parquinho infantil, conserto e troca dos brinquedos quebrados como balanços e gangorras.
Também está na lista a colocação de novos bancos e a reforma do guarda-corpo na beira da praia. “Apenas promover reparos no guarda-corpo não irá resolver o problema da ferrugem, por exemplo, que acabou tomando conta do equipamento de segurança. Será preciso substituir a estrutura por materiais adequados para enfrentar a maresia e, assim, evitar os riscos de queda”, aponta o morador Francisco Javier.
Francisco ainda destaca o perigo do trapiche erguido na praia nos anos de 2000, pelo falecido empresário Adroaldo Cassol, e que hoje está totalmente abandonado.
Para Ramiro Dal Molin, que também frequenta a praça com o seu cachorro e filho de 2 anos, os espaços de lazer deveriam ser adotados pela iniciativa privada, pois assim seriam conservados. “Deixei de trazer o meu filho aqui na praça por conta da falta de segurança, já que os brinquedos estão todos danificados”, comenta Ramiro.
CONHEÇA UM POUCO DA HISTÓRIA DA PRAÇA
ESPAÇO FOI INAUGURADO EM JUNHO DE 2014.
- A área inicialmente era utilizada para a reciclagem de lixo, sendo conhecida por muitos moradores como “lixão”. Apesar de pública (por ser domínio da União), era um espaço cercado, fechado com portão, por pessoas que se diziam donos e exploravam a atividade econômica da reciclagem.
- O movimento em favor da criação da praça surge em 2003, quando representantes da Pró-Coqueiros descobrem que a área era pública e estava sendo ocupada irregularmente.
- Em setembro de 2006, foi garantido o ingresso à ponta José Francisco. A Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), com auxílio da Secretaria do Continente e Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap), realizou a limpeza do caminho, bem como a derrubada de duas casas, ocupadas por posseiros instalados no local. Com isso ficou assegurado o acesso dos pescadores ao atracadouro público.
- Na oportunidade, também ficou acertada a construção da praça, a partir de um Termo de Ajuste de Conduta que, na época, estava em andamento no Ministério Público Estadual, envolvendo a Floram e o empresário Adroaldo Cassol. Este se comprometeu a executar a praça, bem como a sua manutenção pelo prazo de 10 anos, como forma de compensação por ter construído um trapiche que prejudicou área de preservação.
- Todo o processo teve a participação da Secretaria do Patrimônio da União em Santa Catarina.
- Junho de 2014: o espaço é entregue à comunidade, com pracinha para as crianças, passeios e áreas de contemplação. Ainda faltaram, porém, algumas obras, como a colocação de iluminação pública, por exemplo.