Trata-se de um painel pintado em grafite – no espaço escolar – destacando obras de artistas locais.

Trabalho desenvolvido nas aulas de arte, foi finalizado na segunda-feira por alunos e artista parceiro
A Escola de Educação Básica Rosinha Campos vivenciou uma experiência artística por meio do projeto “Cores da Ilha – Arte Urbana e Identidade Cultural”. Trata-se uma oficina de grafite idealizada pela professora de Artes Edilene Gonçalves em parceria com o artista visual André, conhecido no mundo do grafite como Azo(@artedoazo).
Durante as aulas de Artes, os alunos foram convidados a mergulhar no universo do grafite e da arte urbana, tendo como ponto de partida o estudo e a releitura de obras de artistas catarinenses que retratam, com singularidade, aspectos históricos e culturais de Florianópolis.
Entre os artistas homenageados estão Franklin Cascaes, com suas lendas e personagens do imaginário açoriano; Elias Andrade e Neri Andrade, com suas cenas urbanas e expressões locais; e Willy Zumblick, que eternizou momentos da vida cotidiana e da cultura de Santa Catarina.
Sendo assim, os estudantes, orientados por Edilene e o artista André, criaram um grande painel coletivo no espaço escolar, expressando sua visão da cidade, sua relação com o território e sua identidade cultural, por meio da linguagem contemporânea do grafite. Esse já é o segundo painel produzido pela escola. O primeiro foi em novembro do ano passado e envolveu obras de sete artistas (veja abaixo).

“A atividade fortalece a formação cidadã, ao promover o senso de pertencimento e o respeito à diversidade cultural, despertando o interesse dos alunos por artistas locais e pela história de sua própria cidade’, diz a professora ao completar:
“Também reafirma a importância da Arte na educação escolar como espaço de liberdade, experimentação e construção de sentidos. Ao ocupar as paredes da escola com cores, memórias e símbolos da cultura regional, os alunos se veem como protagonistas e agentes criadores da sua própria história”.
Com 26 anos de experiência em arte urbana, André diz que faz parte da velha escola quando o grafite ainda era feito, de forma voluntária, em muros abandonados e terrenos baldios. ‘A gente fazia por amor à arte, pois nem internet havia na época. A única forma de se atualizar era por meio de uma revista que chegava às bancas, de São Paulo. Hoje, a grande diferença, além do leque de informações, é que existem os projetos de incentivo à cultura, usados por grande parte dos profissionais”.
PROFISSÃO
Para Alice, de 13 anos, seguida dos colegas Luis Eduardo, de 15 anos, e Soane Victória, também de 15 anos, trata-se de uma nova experiência. Moradores da comunidade, eles iniciaram o painel na quinta-feira, dia 24, e na segunda-feira, 28, a pintura foi finalizada. Ao todo, 35 alunos participaram da atividade.

Professora Edilene e o artista visual André celebrando com alunos os últimos retoques do painel.
“A partir desses projetos, é possível despertar o gosto pelas artes e se identificar, por exemplo, com uma profissão. Além disso, estamos trabalhando com a realidade próxima da escola, que é sair no bairro e conhecer as obras deixadas pelos artistas locais’, resume Edilene.
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Editora da Folha de Coqueiros, Sibyla Loureiro, conhecendo o trabalho dos alunos e do artista André Azo. Parabéns ao diretor José Vanderlinde e à professora Edilene Gonçalves pela iniciativa.