Decisão foi tomada depois de várias reuniões entre usuários e Superintendência da Pesca.
Reunião realizada nesta segunda-feira, dia 4, na Praia do Meio, em Coqueiros, para resolver o destino das embarcações na orla teve um bom desfecho entre as partes envolvidas. O superintendente da Pesca, Adriano Weickert, atendeu ao pedido do grupo de caiaqueiros e permitiu a ocupação dos barcos na beira da Praia.
A exemplo dos pescadores que vão dividir o espaço na orla, todos usuários de embarcações tiveram que fazer o cadastramento na Superintendência Municipal da Pesca, Maricultura e Agricultura para ter direito a depositar o seu barco à beira-mar.
“Ainda não tenho um parecer jurídico sobre o assunto, já que o tema está na Procuradoria do Município, mas quem se identificou não será removido da praia”, garantiu Adriano, ao receber o amparo de todos os presentes diante da sua decisão. “Eles vêm pra somar”, defende o pescador Luiz Carlos Albino ao referir-se aos caiaqueiros.
Segundo o gerente da Pesca, José Paulo Vieira, foram retirados da praia cinco embarcações, entre caiaque e barco de pesca, que não se identificaram no órgão dentro do prazo estabelecido.
ORDENAMENTO
Para cumprir a proposta de ordenar e liberar o acesso público à praia, ficou acertado de no prazo de 30 dias os responsáveis promoverem um novo visual no ambiente.
Para tanto, o superintendente solicitou a criação de um padrão dos suportes que sustentam as embarcações: eles devem ser de madeira, com afastamento de 50 centímetros em cada um. Do lado direito da praia, ficarão os caiaques e ao lado esquerdo os barcos de pesca, com um espaço na areia para a entrada de pessoas.
“O que estamos assistindo hoje, aqui na praia, é um diálogo que sempre deve ser perseguido pela prefeitura, ou seja, escutar a comunidade que vive o bairro diariamente, antes de tomar qualquer decisão. E principalmente envolver as entidades que representam os moradores”, elogia a presidente do Conselho de Segurança de Coqueiros, Elaine Otto.
CANOAS HAVAIANAS
Quanto à situação das canoas havaianas, que foram o estopim da discussão, foi dado um prazo – a pedido do sócio da empresa que explora o local com aulas de canoagem – de dois dias para retirada do caixote que fica à beira da praia e é usado para guardar o material das aulas: colete e remos.
Quanto à presença das canoas, o superintendente disse que eles também têm um prazo para apresentar documentação adequada para permanecer ou remover as canoas do local.
Fotos: Elaine Otto e Maria Vitória