Exposição reúne 12 trabalhos e alunas celebram o aprendizado com depoimentos. Veja abaixo.


Na próxima sexta-feira, dia 5, a partir das 17h, a Fundação Hassis abre as portas para mais uma exposição de arte. Dessa vez, a mostra é dos alunos do Ateliê Vivo, projeto que encerra mais um ano de atividades com bons resultados. Ao todo, estarão na mostra 12 trabalhos que vão reunir técnica, criatividade, movimento e um olhar sensível para a arte e para o mundo.
“Idealizado como uma experiência imersiva, o Ateliê Vivo aposta no diálogo entre o fazer artístico e o cotidiano para desenvolver processos de alfabetização visual e letramento estético-crítico entre seus participantes”, explica professora Ni Barbosa, ao acrescentar:
“Mais do que ensinar técnicas, a iniciativa convida a perceber com profundidade as cores, linhas, formas, texturas e contextos que nos cercam, transformando cada elemento em possibilidade de criação. A proposta é despertar um olhar livre, capaz de ressignificar a realidade de maneira estética e poética”.
Organizado num espaço dinâmico e interativo, o Ateliê Vivo se estrutura em encontros processuais, construídos a partir da observação, da experimentação e da prática criativa. Os participantes são convidados a realizar exercícios de percepção estética, explorar materiais variados e dialogar com referências artísticas diversas, sempre em sintonia com o contexto da Fundação Hassis e das vivências do grupo.
COMO PARTICIPAR
As aulas acontecem sempre às terças-feiras, das 14h às 16h30, na sede da Fundação da Hassis, em Itaguaçu. Após o período de férias, as aulas retornam no mês de março e para se inscrever no curso basta ligar ou enviar mensagem para o telefone/WhatsApp 48 98812-1036.
A Fundação Hassis está localizada na Rua Luiz da Costa Freysleben, 87 – bairro Itaguaçu. Horário de funcionamento é de segunda a sexta das 13h30 às 17h e Sábados das 10h30 às 15h30.
DEPOIMENTOS
“Para mim, sempre é muito bom estar em contato com as artes. Comecei a pintar em 2002, uma fase em que vivi a arte de forma muito intensa, profunda e transformadora. Depois disso, fiquei um período afastada, mas agora estou voltando — e essa retomada tem sido uma experiência rica, afetiva e cheia de significado. Estar novamente diante das cores, dos gestos e das sensações me reconecta comigo mesma e reabre um espaço de criação que eu sentia muita falta.
Sinto que passamos uma tarde verdadeiramente maravilhosa, repleta de trocas — tanto nas artes como na vida. O ambiente do Ateliê, os encaminhamentos e a forma acolhedora como o grupo se relaciona criam um espaço leve, sensível e profundo, quase como uma terapia em movimento. Além disso, o conhecimento, as habilidades e a profundidade da professora Ni Barbosa nos conduzem de maneira inspiradora, ampliando nossa visão artística de forma natural e gratificante. Cada encontro deixa uma marca boa e me impulsiona a continuar nessa jornada com ainda mais abertura e entusiasmo”.
Simone Faria, cientista da Computação
“Sou cirurgiã plástica e sempre pintei de forma figurativa e realista, um lugar de precisão e controle, que refletia muito da minha rotina profissional. No Ateliê Vivo, guiado pela Ni Barbosa, descobri outro caminho: o gesto mais livre, a cor como impulso, o processo como verdade. Aprendi a soltar a mão, a trocar a perfeição pela presença, e a permitir que a pintura nasça do corpo inteiro.
As telas abstratas que surgiram desse período são menos descrição e mais revelação. Criar ao lado deste grupo de mulheres ampliou meu olhar e minha coragem. Nesta exposição, celebro não só as obras, mas o encontro com essa nova liberdade.
Stella Abdalla, médica cirurgiã plástica
“Comecei a frequentar o Ateliê Vivo depois de ver a divulgação das aulas na Folha de Coqueiros. Resolvi conhecer o espaço e o curso mesmo sem ter nenhuma experiência com arte, e acabou sendo uma surpresa incrível. Ao longo do ano, com a orientação da professora Ni Barbosa, fui descobrindo meu próprio olhar e entendendo como uma obra nasce das camadas de tinta, das nuances e das sombras. Experimentamos aquarela, óleo, acrílica, e o material que mais me conquistou foi o giz pastel. O ambiente é acolhedor e o grupo que se formou é cheio de troca e afinidade. Recomendo para qualquer pessoa que queira experimentar arte pela primeira vez. Vale muito a pena”.
Tati Abreu, publicitária
“Sempre gostei de atividades que envolvem a criatividade. Sou aposentada da área de educação, portanto, sempre me envolvi com as crianças e os adolescentes, me encantando a espontaneidade apresentada por eles quando incentivados a produzirem suas atividades criativas. Assim, quando soube da existência do Ateliê Vivo, fiquei muito interessada e me escrevi entusiasmada. Ao iniciar os encontros, constatei que faria parte de um grupo que visava desenvolver e valorizar o potencial criativo de cada participante. A professora “Ni”, como é carinhosamente chamada por todas suas “pupilas” incentiva e apoia cada progresso apresentado rumo a uma independência criativa.
De minha parte, percebi que em cada proposta apresentada em nossos encontros semanais me encorajava a explorar novas ideias, tornando-me mais confiante e ousada. A convivência semanal junto com as outras alunas, criou um laço de amizade no qual as trocas de experiências serviram de apoio mútuo. Agradeço a todas da Fundação Hassis, que sempre atenciosas, nos proporcionaram momentos de muito carinho, a professora “NI”, sempre atenciosa e disponível e as minhas companheiras de criação, responsáveis por momentos de descontração, risadas e incentivos sinceros. O Ateliê superou minhas expectativas.
Rosane D’Alascio D’Amoreira, aposentada
“Sempre tive vontade de fazer algo relacionado à arte, especialmente por conta da minha vó que era professora de arte. Infelizmente ela faleceu quando eu tinha 7 anos de idade. Mas acabei seguindo os seus passos e seu gosto pelas atividades artísticas. A começar pela facilidade que tenho na prática de trabalhos manuais. Então, a partir desse desejo, li na Folha de Coqueiros sobre as aulas do Ateliê Livre e, como também era próximo da minha casa e não tinha experiência, fiz minha inscrição. É o nosso momento da semana de desligar e esquecer o resto. São tardes prazerosas, de boa convivência, de troca de arte e de vida. Só posso elogiar o ambiente, o curso, a professora, os amigos, a Fundação Hassis. E pretendo voltar no ano que vem”.
Thauana Dutra, engenheira ambiental e empresária do ramo de moda.
GALERIA






Alunas que vão expor na mostra: Stella Crescenti Abdalla; Alice Castanheiro Patounas; Simone Muller de Faria; Rosane D’Alascio D’Amoreira; Tatieni Santos de Abreu; Thauana da Silveira Dutra.